Nascido em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, na data
de cinco de março do ano de 1950, Cláudio Barcelos de Barcelos é jornalista,
repórter e escritor com especialidade em jornalismo investigativo e
documentário.
Em Porto Alegre, o jornalista iniciou sua vida na periferia da
cidade, na Vila São José de Murialdo. Desde o início de sua formação
profissional, Barcellos demonstrava uma constante indignação com a brutalidade
policial que presenciava no local. Antes de se tornar um dos jornalistas mais
conhecidos do Brasil, ele atuou em diversas profissões como, por exemplo,
taxista.
Como jornalista, iniciou seus trabalhos como repórter no jornal
Folha da Manhã, que pertencia ao grupo Caldas Júnior. Durante os anos 70, Caco Barcellos teve
uma destacada atuação na imprensa alternativa e foi um dos fundadores da
Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre. Fora isso, criou a revista Versus,
publicação que tinha o objetivo de apresentar grandes reportagens sobre o
continente latino-americano.
Trabalhou como repórter para as revistas Veja e Istoé e atuou
como correspondente internacional na cidade de Nova Iorque. Neste período, que
durou seis anos, foi apresentador de um programa no canal Globo News,
pertencente à Rede Globo de Televisão. No ano de 2001, deixa os EUA para se
tornar correspondente da Globo em Londres. Barcellos ainda atuou em programas
tradicionais como o Jornal Nacional, Fantástico, Globo Repórter e, mais
recentemente, o Profissão Repórter.
Além do trabalho de repórter, Caco Barcellos também é escritor.
Entre suas obras, destaca-se o livro Rota 66. Para escrevê-lo, o jornalista
passou oito meses pesquisando, noites sem dormir e foi vítima de inúmeras
ameaças por denunciar a truculência da polícia paulistana nas periferias da
cidade. Após muita pesquisa, Barcellos identificou 4.200 delinquentes e jovens
assassinados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Depois de lançar Rota
66, o jornalista foi para o exterior, pois causou descontentamento em muitos
coronéis da PM.
Outra obra de destaque de Caco Barcellos foi Abusado, o Dono do
Morro Dona Marta. Neste livro, o jornalista dá enfoque ao tráfico existente nos
morros do Rio de Janeiro, o surgimento de grandes traficantes e seu
relacionamento com a comunidade. Escrito em forma de romance, Abusado ficou por
cerca de um ano nas listas dos mais vendidos no País e é indicado como leitura
obrigatória para o vestibular de algumas das principais faculdades de
Comunicação Social brasileiras.
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